Fez ontem 25 anos que faleceu José Afonso.
José Afonso é dos autores/compositores/intérpretes
quem maior legado deixa à cultura deste país.
Infelizmente a memória de “Zeca” continua a ser vítima
de preconceitos politicos. Foi e é vítima de ter naturalmente ter tido a
coragem de tomar partido assumindo sempre a sua relação próxima com o PCP, e
dedicou parte da sua obra aos ideais de esquerda. Essa vertente ficou
indelévelmente marcada pela utilização de “Grandola Vila Morena” com senha e
posteriormente Hino da revolução de Abril.
Muitas pessoas de mentalidade tacanha renunciam
conhecer a obra, e pior, receiam assumir que gostam para não serem considerados
comunistas. (como se isso fosse crime, ou alguma disfunção social)
José Afonso deu voz a alguns dos mais belos e
marcantes fados de Coimbra. Zeca foi também muscica popular Portuguesa pura,
indo as raízes do folclore e indo buscar sons e ritmos Africanos também. Cantou
o amor, e os mais puros valores social em inumeras canção com poemas da sua
autoria. A chamada “musica de intervenção” sendo uma parte tão importante e
valiosa da sua obra como qualquer outra, é apenas uma parte de um todo que
muito podemos e devemos explorar e aprender.
Por isso, abram-se as portas música de Zeca! “seja bem vindo quem vier por bem (...) e traz outro amigo também!”
Por isso, abram-se as portas música de Zeca! “seja bem vindo quem vier por bem (...) e traz outro amigo também!”
Cidade
Sem muros nem ameias
Gente igual por dentro
Gente igual por fora
Onde a folha da palma
afaga a cantaria
Cidade do homem
Não do lobo, mas irmão
Capital da alegria
Braço que dormes
nos braços do rio
Toma o fruto da terra
É teu a ti o deves
lança o teu desafio
Homem que olhas nos olhos
que não negas
o sorriso, a palavra forte e justa
Homem para quem
o nada disto custa
Será que existe
lá para os lados do oriente
Este rio, este rumo, esta gaivota
Que outro fumo deverei seguir
na minha rota?
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