quarta-feira, 23 de julho de 2008

Alive, 2º dia

Não esqueci o prometido sobre fazer o balanço do Optimus Alive mas o tempo tem sido escasso para dedicar ao blog, e também já começo a ter saudades de visitar os vossos espaços, mas aqui vai mais um pouco de Alive.

Dos dois pontos altos que quero referir do 2º dia apenas um foi um concerto...ainda o sol estava alto quando os "John Butler Trio" deram um concerto fantástico! Um dos melhores do festival.
O cancelamento da actuação dos Nouvelle Vague retidos em Paris sem ligação aérea a tempo para Lisboa não só não foi reclamada como acabou por permitir que o "Trio" desenvolvesse a sua música por quase 2 horas agarrando um plateia imensa acabando por ser uma das bandas mais acarinhadas pelo (excelente) público do Alive.

Das musicas harmoniosas e calmas até aos ritmos dançáveis sempre com uma alegria e humildade tocante estes rapazes Australianos, exímios instrumentistas, deram espectáculo com o público e não só "para o público"... um momento para recordar e uma banda para continuar a ouvir!

Uma menção honrosa para os numerosos, simpáticos e divertidos australianos que marcaram presença no festival e para o baterista que "brincou" a solo com a sua bateria e restantes instrumentos de percussão durante uns bons 15 minutos em interacção com a plateia arrancando uma das maiores ovações do dia e acabando com os restantes elementos do trio em simultâneo nas percussões.

De Bob Dylan pouco se viu...até podia ser um duplo que estava ali em palco pois em nenhuma situação encarou o público de frente mantendo-se sempre numa posição recuada do palco de lado para a plateia de pé tocando piano com um chapéu de aba larga que lhe escondia as feições e nem as câmaras que filmavam as imagens a ser projectadas no painéis do palco estavam autorizadas a fazer grandes planos. A qualidade musical está lá toda mas se é só para ouvir ponho os discos a tocar em casa e fecho os olhos. Estar num concerto é esperar algo mais...sentir o artista, toda esta distância criada por um "monstro sagrado" que parece ter fobia ao público e medo de ser visto demonstra uma falta de respeito por quem paga o seu bilhete e uma falta de humildade tremenda. O concerto não entusiasmou porque o publico não tinha motivos para se entusiasmar, se o sr. Dylan pusesse os olhos no não menos mítico e igualmente veterano Neil Young faria muito melhor figura...


Do dia dois o 2º ponto alto a referir foram os momentos de loucura e diversão passados na zona Optimus oásis by "the Do Lab". Credenciada mundialmente esta companhia artística californiana do reconhecido Vaudeville Cirque apresentou o espectáculo "Lucent Dossier".

















Este espectáculo subia a palco 3 vezes por dia apresentando num cenário místico um musical, que para além da música, dança e expressão dramática, tinha acrobacias circenses de grande beleza estética. Tudo feito num cenário cujo chão é um "espelho de água" em que os actores não hesitavam em refrescar os espectadores.


No final da actuação entrava em cena o Dj que ficava a dar música à multidão acompanhado de canhões de água pulverizada num ambiente refrescante fosse no quente sol da tarde fosse noite dentro




Dançar a apanhar sol ou vento fresco na cara em vez de estar fechado numa qualquer discoteca quente escura e apertada é uma experiência divertida, e então no ambiente saudável, descontraído e festivo que se viveu por ali acabou por ser um dos pontos altos de todo o festival.
































(CLICAR NAS FOTOS FOTOS PARA VER EM PORMENOR)

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Alive...e em grande


Como prometi venho fazer um balanço dos 3 dias de Optimus Alive no passeio marítimo de Algés...Começo porém por fazer uma apreciação geral:


Grande festival, em relação à primeira edição, grande evolução em infraestruturas com o recinto parcialmente asfaltado, mais e melhores sanitários com equipas de limpeza em permanente actividade, tenda do palco secundário(metro on stage) maior e melhor! Mais publico, entre eles milhares de estrangeiros de todos os cantos da Europa e não só! Ambiente de festa, descontraído por vezes eufórico noutras tornando todos os espaços do recinto agradáveis para se estar. Mais oferta de diversão para além dos concertos com uma zona Oásis (que mais tarde abordarei) a ser um dos espaços mais carismáticos do evento!

Dia 1

A multidão à entrada debaixo de um sol escaldante fazia antever casa cheia.

Ainda antes de entrada a primeira surpresa! No topo do pórtico que se vê na imagem acima estavam bandas permanentemente a tocar animando a espera do publico no palco mais improvável que eu já vi! a imagem seguinte é da "varanda" do pórtico da entrada.

2ª agradável surpresa: Na chegada ao palco secundário, milhares de pessoas aguardavam na tenda o inicio de mais um concerto, pensava que tal como eu se tinham refugiado ali do sol que ainda queimava àquela hora...o concerto que eu mais queria ali ver era dos Hercules & Love Afair(que tive de trocar pela minha hora de jantar e por um pouco do que se passava no palco principal porque um homem não se pode dividir em dois) e tinha alguma curiosidade pelos MGMT que andam no ouvido através deste: "Time to Pretend" . A verdade é que antes de tudo isso enquanto me abrigava do sol vejo entrar em palco para euforia de uma pequena legião de fãs dos Vampire Weekend (foto seguinte em que só arranjei lugar perto do palco da parte fora da tenda cheia como se pode ver mais abaixo) e assim que estes rapazes começaram agarraram o resto do publico que já enchia o a tenda e que se prolongava para além dos seu limites publico e fizerem um dos melhores concertos do festival! Aplausos em apoteose no final de cada musica...plateia aos saltos, grande empatia banda-publico com esforço mutuo de ambos para que aquele final de tarde fique para sempre na memória de quem viu uns "miúdos" a debitar boa música com uma energia surpreendente presenteando o público com os seus ritmos quentes. Parece musica de praia a fazer lembrar algo de beach boys baseado num rock "indie", com toques africanos...e mais não consigo definir. Uma banda a seguir atentamente!


Metro stage dia de enchente ao rubro com com Vampire weekend


O concerto mais esperado do dia pela maior parte da multidão era o dos regressados "Rage...", eu não sendo fã incondicional da banda em questão esperava divertir-me acima de tudo ao som dos extravagantes Gogol Bordello. Não saí desiludido, durante todo o concerto uma festa eufórica e irreverente em palco e fora dele. Musica alegre por vezes desconcertante a que ninguém consegue ficar indiferente mesmo que não conheça a banda acaba sempre por se juntar "à onda" saltando e dançando como se não houvesse amanhã! Concerto fantástico..os músicos a curtir tanto ou mais que o público e a deixarem a "pele" em palco.


O melhor é ver um bocadinho....uma pequena amostra!


Destaque ainda para uma banda que adorava ter visto mas que tocou ao mesmo tempo dos gogol...quem gosta de musica electrónica tocada por bandas...desde portishead a moloko, entre outros deve dar uma olhadinha com atenção nestes Hercules and love affair.


Em relação ao 1º dia falta dizer que os Rage ao que parece estiveram em grande, vi metade do concerto longe do palco e a multidão estava em êxtase, depois abdiquei da restante actuação para passar para o palco secundário que na altura era animado por "tiga" um dos melhores dj's e produtores de musica electrónica da actualidade... entre outras "malhas" foi possível dançar esta: You gonna want me.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Alive

Passei aqui para dizer duas coisas.
A 1ª é que estou "Alive" e de boa saúde...ok, a parte avariada já é feitio e não tem cura.
A 2ª é que vou gozar as minhas férias nos próximos 3 dias no Oeiras Alive...ou Optimus Alive como agora lhe chamam.
Eu não sou festivaleiro convicto mas o ano passado pela 1ª vez comprei o passe para um festival, este de que vos falo precisamente e gostei bastante.
Este ano o cartaz está muito mais completo e equilibrado e esperam-se melhorias nas infraestruturas que já não eram nada más da 1ª vez.
Não é um festival com um cartaz comercial e que chame as massas da "geração mtv", é um evento que vai estar repleto de apreciadores de boa música.

Desde os monstros sagrados Neil Youn e Bob Dylan que é cada vez mais difícil de ter a portunidade voltar a ver por cá, passando pela energia e agressividade de uns regressados Rage Agains the Machine, juntando a isto um sempre bem vindo Ben Harper e uns já credenciados The Hives ou within Temptation.... temos já argumentos suficientes que justifiquem os 80 euros do passe de 3 dias. (20 euros por dia para mais de uma dúzia de concertos por cada dia de evento não me parece demasiado)

Mas a juntar a isto temos uma Roisin Murphy (antiga voz e alma dos Moloko) que apenas tem lugar no palco ...secundário! E nesse mesmo palco temos bandas de fazer inveja aos cabeças de cartaz de alguns festivais que andam por aí: Gossip, Cansei de ser sexy, Hercules & love afair(excelente!!!!), Tiga, MGMT( procurem no youtube e reconhecerão a música aos 1ºs acordes), e Sons of Albion (pela curiosidade de ver o filho do lendário Robert Plant a liderar uma banda composta por músicos portugueses).

Depois ainda Jonh butler trio (fantástico), Nouvelle Vague (qualidade!!!), Donavon Frankenreiter... entre outros

A única grande falha que encontro e regressão em relação à 1ª edição é a fraca percentagem nacional no cartaz...é pena pois o ano passado tivemos, Dapunksportif, plástica, Bala, Blasted Mechanism, Da weasel, Sam The Kid, Buraka Som Sistema, The Vicious Five, Capitão Fantasma, Oioai... este ano é como procurar agulha em palheiro! Não havia necessidade!

MAS.....Hoje quinta feira 10 de Junho quero é ver os GOGOL BORDELLO...a avaliar pelo "vendaval" que arrasou o palco de paredes de coura em 2007 vai ser sem duvidas um dos momentos altos do festival! A banda mais improvável, mais desconcertante e que anda a fazer furor mundo fora, eu diria que vai ser a p*ta da loucura em Algés!


e o instrumental do refrão desta...

e esta também é digna de uns bons saltos! wonderlust king

Para a semana venho aqui fazer o balanço dos estragos!

quinta-feira, 3 de julho de 2008

re-postagem quente

No passado dia 1 foi anunciado a entrada ao serviço na máxima força dos meios de combate ao fogo, abrindo oficialmente a "época de incêndios".

Só não escrevo um texto sobre isto porque em tempos noutra morada já o fiz e mesmo que o publique aqui de novo já ninguém se lembra poupando assim trabalho que o tempo tem sido escasso para estas andanças na última semana.
ON FIRE (de 12-7-06 AQUI)

Parece que finalmente começou a tão esperada época dos incêndios!
Tudo normal! É a época do ano em que o “folclore” tradicional passa por atear fogos e apagá-los.
Quando oiço falar em início da época de incêndios a ideia que me surge é algo semelhante com partida de meia maratona de Lisboa.

A meio do noticiário o “pivot” da sic noticias faz a ligação ao exterior:
-“O repórter Arlindo Neves está junto aos atletas (leia-se incendiários) a acompanhar o tiro de partida da já tradicional época de incêndios! Vamos agora em directo para o concelho de Oleiros, um dos concelhos Portugueses que mais tem contribuído para a divulgação e crescimento deste evento anual! Arlindo está tudo a postos para a partida?”

-A.N. Assim parece! Várias centenas de incendiários estão preparados para começar a “atear”! É de salientar que este ano foi proibido o uso de acendalhas pois segundo a organização é algo que não dignifica o fogo posto tradicional, esse sim um marco da nossa cultura! Seguindo a tradição o fogo deve ser ateado com carteirinhas de fósforos, tochas, gasolina e beatas de cigarros!”
Atenção vai dar-se sinal de partida!...3, 2…1! E aí vão eles!
Os favoritos tomam a dianteira desde cedo, com o campeão do ano anterior Arnaldo Figueiredo, mais conhecido como Arnaldo “Fogueira” a queimar uma considerável zona de mato rasteiro.
Logo atrás de Arnaldo vem Casimiro Fagulha, um dos mais sérios candidatos ao título. Mas começa mal visto ter optado por incendiar um pinhal, que por azar, tem como proprietário um conhecido deputado do partido do governo e de imediato surgem 237 bombeiros com 132 viaturas apoiados por meios aéreos vindos de todo o país e também de Espanha! Um incêndio promissor não passou de fogacho!
Vamos ouvir a opinião do nosso comentador de serviço, o antigo bombeiro Firmino Mangueira sobre este erro táctico!”


F.M.- “A prova de Casimiro está desta forma comprometida ficando o título fora de alcance! É incrível como um homem com esta experiência na arte de incendiar cai neste erro! O Fagulha devia incendiar propriedades de pequenos agricultores e de gente humilde do povo, reservas naturais, etc.. Pois toda a gente sabe que nesses casos os meios são sempre insuficientes e por vezes nem sequer chegam a tempo!”

3 meses depois….. com o repórter Arlindo Neves.
-Estamos já perto do final desta época de fogos, Setembro já lá vai e parece que o vencedor deste ano vai ser de novo Arnaldo Fogueira! Com 2990 hectares reduzidos a cinza este homem teve ainda tempo para queimar 3 viaturas de bombeiros e várias habitações! …quando pensávamos que seria impossível quebrar o record do ano passado, aí estão os números a ser superados!
Mas atenção! Chega-nos a informação que o vencedor foi desclassificado por ter recebido “patrocínios” ilegalmente de uma empresa que fabrica “pasta de papel”… da qual o comandante dos bombeiros é sócio! E isso poderá ter ajudado a retardar o combate ao fogo de modo a arder mais pinheiros!
O campeão passa ser assim Casimiro Fagulha!
Citando uma saudosa blogger cliente da antiga tasca: O que foi que eu disse???
Será que para o ano teremos de novo um record da prova?
Esperemos para ver! Até lá façam fogueiras durante o Inverno só para “matar o bichinho”!