sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Descobertas e constatações importantes sobre coisas que não lembram nem ao menino Jesus

A minha ambição em dar algo à ciência foi finalmente atingida (e não falo em doar o corpo, pois as iscas cá por dentro estão em vinha d'alhos há uns dias e já ninguém pega nisto).

Ficará conhecida como "Teoria da relatividade informativa" (Era para lhe chamar "lei fundamental do protestante" em humilde homenagem ao genial formulador da lei em causa mas para não me chamarem cagão....)

Teoria da relatividade informativa:

A importância de uma notícia no telejornal é tanto maior, quanto menor é a distância ao local onde está a ser ouvida.
I=(N/D)x2 - Importância é igual à noticia a dividir pela distância(em Km). Quanto menor for o Valor de D maior será o valor absoluto de I.
I-importância
N-Notícia
D-Distância

Ou seja, uma operação aos joanetes numa clínica na nossa terra tem proporções épicas quando comparado com um terramoto que engoliu Madrid.
O factor distância não se aplica no caso de o receptor da notícia já ter estado no local que aparece nas imagens, nesse caso qualquer sarjeta entupida em Badajoz implica um agressivo: "XIIIIIUUUUU, deixem ouvir que eu já estive ali"

PS:...A propósito do Natal

Constatação Natalícia 1: Os velhos confundem o Malato com Fernando Mendes mas gostam muito dos dois sem saber bem porquê.

Constatação Natalícia 2: Não pode haver transito automóvel quando neva em Portugal. Propunha às autoridades uma acção de formação na Alemanha, Suécia...etc para aprendermos como é que estes países se governam mesmo passando 4 meses sem carros nas ruas...será certamente com trenós puxados por cães ou renas. Ou não!

Constatação Natalícia 3: Estraguei a a tarde televisiva à família ao contar o final do filme que estava a dar sobre a vida de Jesus Cristo...não vou aqui dizer como termina porque pode haver quem ainda não tenha visto o filme, mas posso adiantar que tem com pregos à mistura.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

O Protesto solitário

Sabemos que algo vai mal quando um homem dá consigo só, ao fim do dia...já noite, no supermercado de cesto na mão (por acaso era daqueles de pega extensível com rodinhas mas isto pouco ou nada é relevante para o post pois eu gosto é de irritar o leitor com "à-partes" demasiado longos que fazem as pessoas perderem o fio à meada, ou como diz uma tia minha: "o filho à ninhada", e até aposto em como já se esqueceram que estamos dentro de um "parênteses" em que o assunto inicial estava dentro do supermercado. Já referi que era no Pingo doce???) ...a comprar ingredientes para uma refeição "dose single", e tudo o que é comida e bebida em doses individuais. Sabemos que algo está mal quando no mesmo supermercado está uma rapariga a comprar ingredientes para uma refeição "dose single", e tudo o que é comida e bebida em doses individuais.

Desconfiamos que algo está mal quando reparamos que uma rapariga muito bem parecida por sinal, compra dois pães claramente destinados um para o jantar e outro para o pequeno almoço do dia seguinte. Chega até a doer na alma pensar que tal donzela irá passar a noite a combater sozinha o frio, provavelmente a passar o tempo a escrever em blogs e a ver séries na TV.

Suspeitamos que algo está mal quando chegamos à secção de congelados (que é claramente a "Veneza" dos supermercados onde o romantismo brota elevado ao cubo e os mamilos das senhoras ficam entumecidos ao debruçarem-se no frio das arcas congeladoras para chegar aos crepes vegetarianos, que tanto podem ser fritos em óleo ou azeite na frigideira como feitos no micro ondas embora desta última forma fiquem demasiado secos. Já vos tinha alertado para os "parênteses" despropositados?)

Temos a certeza que algo está mal quando no cruzamento entre as prateleiras dos frescos e a charcutaria cedemos a passagem à menina e ao seu carrinho de compras, mesmo quando esta se apresentava pela esquerda, e nem um sinal de agradecimento recebemos...

Mas algo está mesmo muito mal quando dou comigo a pensar que era tudo muito mais fácil se um de nós cozinhasse, o outro lavasse a loiça e dividisse-mos a renda a meio, e apesar de toda esta divagação deprimente se trás para casa um sorriso parvo na cara e uns iogurtes light que detesto e nunca irei comer só porque se os fosse buscar me iria cruzar com ela uma vez mais.


PS: Na falta de gajas, digo-vos que as alheiras de carne de "caça" do pingo doce são uma pequena maravilha! Apenas furadas várias vezes com um palito para não rebentarem, regadas com um fio de azeite e levadas ao forno 15 minutitos são de comer e chorar por mais. (direitos de autor da receita pertencem uma blogger muito especial)

sábado, 13 de dezembro de 2008

Hard Sun

Contemplo o mar seguindo o teu conselho.
Para apaziguar a alma.

Volto ao mesmo local onde encontrei a essência da partilha.
Ao mesmo local olhei com os teus olhos,
a simplicidade com que cada onda beijava a praia.
O sol dessa tarde vai resistindo ao escurecer do inverno.
Esconde-se da lua...
...que espera, já impaciente, o apagar de uma luz maior para fazer valer o seu brilho.

A perfeição pede porém, dois astros que brilhem em simultâneo.
Sem ofuscar a alma que a cada um pertence.
Pede o equilíbrio de um olhar,
que vê o sonho muito para além do momento captado por uma fotografia.

Foto by João o Protestante - São Pedro de Moel


quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Protestante, O regresso - Parte 2 (e agora é mesmo a sério)

Lembro que prometi não “postar” só na inspiração do humor…prometi escrever o que me desse na real gana fosse da dores da vida, da 5ª sinfonia de Beethoven ou do pito da Chicholina. Falhei.
Prometi à cara amiga do lost in lx postar fotos da minha autoria…comecei mas voltei a falhar.
Prometi também à velha amiga The Star fazer um post com um roteiro para um passeio por S. Pedro de mooel e respectivas praias…menti.
Fui acusado de ser um protestante de merda…por um gajo de má fama mas com razão.
Perguntaram se tinha morrido…e não tive a decência de perder 2 minutos a responder (tenho vergonha).
No outro dia, a mais bonita surpresa que um dia me saiu de trás de um blog a pretexto de um amor maior disse que cada vez mais se achava bipolar, que tanto tinha pontos altos com uma garra e alegria de virar tudo de pernas para o ar, como tinha dias maus sem aviso…” curiosamente os dias maus são os dias em que não escrevo” -disse-me. Concluí então por essa ordem de ideias que ando a escrever muito pouco. J

A vida está a meio de uma revolução…mas isso não justifica que não volte a procurar o prazer que um dia por aqui encontrei… de repente deu vontade de matar saudades vossas, de brincar, incendiar, admirar, provocar e muito mais coisas acabadas em “ar” não obrigatoriamente feitas num WC.

Desapareci…não morri nem renasci…não vi a luz nem descobri a pólvora mas já me tinha convertido à fé do protesto que agora se renovou. Andei afastado de muita coisa nos últimos meses, …dos vossos blogs (dos quais nunca deixei aqui e ali da matar saudades mesmo sem picar o ponto). Não irei falar dos maus motivos que me distanciaram do blog pois partidas inesperadas todos temos e é nossa obrigação superá-las.

Motivos houve também que foram bons…um verão de loucos, a trabalhar na noite louca de um paraíso à beira-mar plantado chamado são Pedro de Moel entre histórias, sol, amigos muita música e muitos copos. Vida boa acabou antes dos últimos cartuchos o verão porque a responsabilidade da vida a sério chamou.
Um curso que se acabou mesmo na hora H…um emprego novo. Uma vida também nova cheia cabeçadas nas paredes…ironicamente ao mesmo tempo que se alcança finalmente algo que se pensava nos ir resolver todos os problemas.

Hoje trabalho das 9 da manhã, até ás “nunca se sabe” num cargo que me orgulho e me abre boas perspectivas, numa empresa multinacional de renome dona de uma mentalidade inovadora, num ambiente de trabalho excelente. Tudo isto no lugar da vida itinerante dos eventos e desportos aventura que me levou nos últimos anos num dia á linha da frente dos eventos mais mediáticos e grandiosos e no outro até aos confins da mais escondida aldeia onde não se sabia que havia um bocadinho de Portugal escondido à espera de ser desbravado.
Hoje hesito a responder que sim quando me perguntam se o Engº João está…porque hoje apesar de tudo isto continuo com os mesmos hábitos os mesmos amigos e os mesmos defeitos, continuo a jogar futeboladas com a canalha, a brincar aos Dj’s ao fim de semana, a beber os meus copos e a ocupar as folgas com trabalhos no meu antigo part-time de estudante, para matar saudades e chegar a casa de rastos mas com um sorriso na cara.
Os dias são pequenos, as semanas curtas…não é fácil enfiar isto tudo na agenda, e muito menos ter tempo para convencer uma jovem qualquer gostar de mim.

Deixam-me entrar de novo?! Vá lá…eu sei que não mudaram a fechadura! Sejam bem vindos ao meu regresso